MARÇO

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1853. Denuncia ao governador de Cuba alguns espanhóis, que deixaram a respetiva esposa em Espanha, e vivem maritalmente, na Ilha, com outra ou outras mulheres.

1857. Chega a Havana, a caminho de Espanha. É recebido honorificamente pelo bispo e pelas autoridades civis. Permanecerá, em Havana, até 12 de abril, levando a cabo um intenso trabalho apostólico.

1859. Claret é nomeado pela Rainha como protetor (suprema autoridade) do hospital de Monserrate. No final do verão, vai transferir para lá a sua residência.

O AUGE (1906-1922)

DE NOVO, EM FRANÇA

Falar da Congregação em França é recordar as suas origens, em Prades e Thuir, até à altura em que a Província de Castela fixou os olhos em Paris, cidade de tantas reminiscências claretianas. Os espanhóis ansiavam por uma capelania de língua espanhola, na capital francesa. A tenacidade do P. Gabriel Palmer, responsável e ecónomo da Real Capela, e os bons ofícios do P. João Postíus convenceram o Rei Afonso XIII (1886-1941) e o Governo, quanto à conveniência de serem os Missionários Claretianos os selecionados para desempenhar esta tarefa tão importante.

Assim, em novembro de 1913, o P. Martinho Alsina viajou para Paris, acompanhado pela comunidade que se iria encarregar da missão, tendo como superior o P. Emílio Martin. Após algum tempo de incerteza, ficaram instalados na Rue de Mesnil, exercendo o ministério numa capela da paróquia de Saint Honoré, passando mais tarde, após intensas negociações, para a Rue de la Pompe, onde ainda hoje se permanece. Lembramos que Claret, quando esteve exilado em Paris (1868-1869), deu palestras aos falantes da língua espanhola e fundou uma associação de beneficência em prol dos mais pobres.

JOSÉ Mª GIRABAL, CMF

Missionário e artista (1916-1996)

Artés (Barcelona, Espanha). Estudou em Barbastro, Cervera e Solsona, onde foi surpreendido pela revolução de 1936. Conseguiu fugir para França. Quando a guerra terminou, ele finalizou os estudos, em Zafra (Badajoz,) e foi ordenado sacerdote. Trabalhou em várias comunidades da sua província, Catalunha, especialmente como formador em Cervera e como professor em Barcelona e Sabadell. Em 1949 foi designado para Salhent, dedicando-se à pregação. Depois esteve em Lérida, Sant Boi de Llobregat e Tarragona. Serviu durante muitos anos, na clínica de Nossa Senhora do Redel. Tinha grandes qualidades, como pintor e escritor, conseguindo publicar em revistas como El Benjamín, de que se tornou o diretor. Publicou vários livros com ilustrações, que tiveram enorme sucesso editorial, entre eles A Vida Ilustrada de Santo António Maria Claret e Lendas de Montserrat. Decorou claustros, como o de Gracia (em Barcelona), e pintou diversos murais. Era uma espécie de mistura de padre e de artista. Foi muito provado na sua saúde, especialmente na última etapa da sua vida. Morreu em Vic.

A Livraria Religiosa

A fim de poder oferecer ou vender o mais barato possível as publicações, pensei em fundar uma Gráfica Religiosa, que ficou sob a proteção de Nossa Senhora de Monserrate, padroeira da Catalunha, e do glorioso São Miguel. Comuniquei a iniciativa aos senhores Caixal e Palau, na altura cónegos de Tarragona e atualmente bispos, um da Sé de Urgel e o outro de Barcelona. Ambos continuam, ainda hoje, a responsabilizar-se pela sua orientação, através de um administrador. (Aut 329).

Graças à Livraria Religiosa, sacerdotes e leigos compraram e continuam hoje a adquirir ótimos livros, os melhores do mercado, e a um preço deveras convidativo. Nenhuma gráfica em Espanha publica livros como a Livraria Religiosa. Nem os apresenta com tanto esmero, a nível de impressão e de qualidade de papel, tendo em conta o seu módico custo. Quantas graças deveria dar eu a Deus por me ter inspirado este profícuo e grandioso projeto. (Aut 331).

PARA REFLEXÃO PESSOAL

  • Que significa para ti, hoje, ser uma continuação da obra missionária de um apóstolo da imprensa, como foi Claret?
  • Como julgas que a tua Província, ou Delegação, poderia comprometer-se com o apostolado dos diversos meios de comunicação?
  • Como está a levar a cabo essa tarefa?

“A comunidade claretiana deve viver permanentemente na aceitação do dom de Deus, que nos transforma a cada momento, e assim nos lança na missão” (MCH 222).

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