ABRIL

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1845 Finaliza os Exercícios, ministrados ao clero, em Mataró (Barcelona).

1865 Vai ao Escorial, para pregar o tríduo habitual dos Exercícios e presidir às cerimónias da Semana Santa.

1866 Reúne-se com o Ministro das Obras Públicas, para dialogar sobre o colégio que planeia instalar no Escorial.

NOVA EXPANSÃO (1922-1934)

FINALMENTE, NA ALEMANHA

A primeira casa que se abriu em território alemão foi em Spaichingen, onde o Pe. Leonardo Aubele chegou, com os missionários alemães que provinham de Cervera. Aconteceu, a 14 de junho de 1924, um mês antes do 75º aniversário da Congregação, como a mais valiosa homenagem das suas bodas de diamante. O P. André Back, que falava e escrevia fluentemente a língua espanhola, deixou, nos Anais, uma crónica deste evento: um Santuário, situado no alto da montanha, consagrado à Santíssima Trindade, muito concorrido pelos católicos da região, e com uma casa anexa. Foi uma entrada em grande, na Alemanha, que quase logo se desmembrava da Catalunha e passava a ter o seu próprio Postulantado, embora continuasse a enviar os alunos à província-mãe, durante alguns anos. A partir dessa data, os missionários vão orientar o Santuário da Santíssima Trindade (Freifaltigkeitsberg), um local de assíduas peregrinações. Durante este período, foram erigidas diversas casas: Weissenhorn (1925), Würzburgo (1930), Heudorf (1932) e Frankfurt am Main (1934). A Segunda Guerra Mundial iria travar este radioso avanço.

SANTA CARMEN SALLÉS

Fundadora (1848-1911)

Vic (Barcelona, España). Ingressou no noviciado das Adoradoras. Depois, impelida pela preocupação em recuperar algumas mulheres, transferiu-se para as Irmãs Dominicanas da Anunciada. Após algum tempo de purificação, com o apoio de D. Manuel Gómez de Salazar, fundou, em 1892, com mais três Irmãs, as Religiosas Concepcionistas de São Domingos, posteriormente chamadas Concepcionistas Missionárias do Ensino. Ao chegar a Burgos, em 1892, fundou aí o seu primeiro colégio. Durante dezanove anos de trabalho, erigiu 13 casas. Faleceu, a 9 de abril de 1911, e foi canonizada, em 2012. A ligação dos Missionários Claretianos à Congregação, mercê da qual recebeu a Carta de Fraternidade em 1954, deve-se ao fato de terem o Pe. Claret como Protetor do Instituto e às relações de fraternidade que existiram sempre entre os dois Institutos. A residência que adquiriram em Burgos, até ao ano de 1935, tornou-se depois morada dos Missionários Claretianos.

A VIRTUDE DA MORTIFICAÇÃO

Cheguei à conclusão de que não podia ser modesto, sem possuir também a virtude da mortificação. Daí que me tenha esforçado por obtê-la com empenho, auxiliado pela graça de Deus, e tenha tentado adquiri-la a todo o custo (Aut 390).

Em primeiro lugar, procurei colocar de lado o meu gosto pessoal, para me pautar pelo de Deus. Senti-me obrigado, pouco a pouco, a pôr em prática aquilo que fora apenas um propósito inicial. Estava perante um dilema: ou escolhia aquilo de que gostava ou aquilo que agradava a Deus. E como a razão me mostrava, mesmo em pequenas coisas, este desequilíbrio insanável, decidi optar pelo que achava ser do agrado de Deus, e abstinha-me naturalmente das minhas preferências, para me pautar pelo gosto de Deus. E ainda agora sucede o mesmo em todas as coisas: na comida e na bebida, quando vejo ou ouço alguma novidade, quando permaneço em silêncio ou falo, quando me desloco a uma ou a outra parte, etc. (Aut 391).

PARA REFLEXÃO PESSOAL

 

  • O que é que te custa mais, na vida missionária?
  • Consideras esse sacrifício uma ajuda pedagógica para cresceres na dimensão espiritual?
  • Aceitas de bom grado as mortificações que possam advir da tua vida apostólica?
  • – Lê, com carinho, as palavras de Claret, acima ditas. E, hoje, priva-te de algo (uma bebida, uma refeição, algum tempo de descanso, um programa favorito, uma visita, uma leitura, um espetáculo…). Antes de o fazer, toma consciência da motivação que te leva a isso.

“Nos dias de hoje, a sede dos bens materiais está a secar o coração e as entranhas das sociedades modernas” (Aut 357).