MARÇO

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1863. Dá início a um breve retiro à comunidade do Escorial, onde depois celebrará solenemente o Tríduo Pascal.

1865. Sofre um grande desgosto: uma senhora deu à luz e o pai da criança, ao que parece, é um dos capelães do Escorial. A mãe exige que Claret lhe entregue o salário do referido capelão. Claret ordena que este seja expulso.

1868. Para obter a entrega de parte da casa de Vic, que está ainda em suspenso, Claret aconselha o P. José Xifré para que escreva ao senador Santiago de Tejada, que favorece muito a Congregação.

O AUGE (1906-1922)

EVENTOS POLÍTICOS E CONGREGACIONAIS

Os principais acontecimentos políticos que afetaram a Congregação, nesta altura, tiveram lugar, no México e na Europa. Em 1914, a revolução Carranza triunfava no México, e os missionários tiveram que fugir. Esta revolução proporcionou à Congregação a oportunidade de ofertar o segundo mártir, o Irmão Mariano González, morto por fuzilamento em Toluca, no dia 22 de agosto de 1914. O primeiro mártir fora o P. Francisco Crusats. Na Europa, eclodiu a primeira guerra mundial, que afetou a Congregação, apenas na vertente económica.

Em 1914, foi estabelecido o novo escudo e carimbo da Congregação. No ano seguinte, foram criadas a Pia União Mariana de Sufrágios e o Arquivo Histórico da Congregação, e foi dada a conhecer a Autobiografia do P. Claret. Publicou-se ainda a Crónica da Congregação, da autoria do P. Xifré, de 1893. Em 1916, iniciou-se a publicação da revista Tesouro Sacro Musical, em Madrid. Foram divulgadas as Disposições Gerais, em 1918, a fim de adaptar as Constituições ao novo Código de Direito Canónico da Igreja, de 1917.

GERALDO FERNANDES, CMF

Bispo e fundador (1913-1982)

Contagem (Brasil). Entrou para os Missionários Claretianos e foi ordenado sacerdote, em Roma, em 1936. Regressou ao Brasil, onde foi professor e consultor provincial. Em 1957, foi nomeado bispo de Londrina (Brasil) e, mais tarde, promovido a arcebispo. Ocupou também o cargo de vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Era um apóstolo dinâmico e fervoroso. Claretiano, convencido da sua vocação e missão, cheio de zelo pela expansão do Reino de Cristo, mostrou uma preocupação especial pelos pobres. Juntamente com Leónia Milito, fundou, em 1958, a Congregação das Irmãs Missionárias de Santo António Maria Claret. Coube-lhe ser o pai e o guia espiritual da Congregação. Como pai, acompanhou o seu desenvolvimento durante 25 anos, orientando-o, e revelando a sua preocupação como pastor. Gastou o seu coração pelo povo, que ele amava e orientava, consciente de que este mundo poderia ser ainda mais feliz, como afirmou no seu testamento espiritual.

A Academia de S. Miguel

E já que falo em livros, sublinharei também o apoio que constituiu, para a Livraria Religiosa, a Academia de São Miguel, aprovada pelo Sumo Pontífice Pio IX, e pelo governo da Rainha, com cédula real, sendo Suas Majestades os primeiros subscritores da mesma. A junta diretiva da Academia está localizada em Madrid e aí se congrega todos os domingos. Compete-lhe aplicar as normas constantes nos Estatutos. Possui diversas representações em Madrid e nas principais cidades de Espanha, sendo incalculável o bem que leva a efeito.(Aut 332).

PARA REFLEXÃO PESSOAL

  • Claret empenhou-se na evangelização da cultura, através de associações de artistas, escritores e profissionais, do seu tempo.
  • Qual é o teu compromisso com a evangelização da cultura?
  • A tua falta de empenhamento nesta área faz-te inventar desculpas para não te envolveres neste difícil apostolado?
  • Que possibilidades e dificuldades encontras?

“Trata-se antes de nos perguntarmos se este lugar surge da falta de criatividade para dar novas expressões ao carisma do Instituto e lhe permitir continuar a fertilizar a vida da Igreja e a fortalecer a sua missão no mundo” (Josep M. Abella, Missionários, p. 51-52).

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